segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Dirigente discute com Cunha e leva troco: 'Não puxo o saco do Juvenal'


Marco Aurélio Cunha são paulo (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Casares acusa conselheiro durante programa de TV e se exalta. Briga entre possíveis candidatos à presidência do São Paulo dura 14 minutos.
As brigas no cenário político do São Paulo ganharam um novo capítulo no último domingo, quando o vice presidente de comunicações, Julio Casares, e o conselheiro e vereador Marco Aurélio Cunha discutiram ao vivo no programa "Mesa Redonda", da TV Gazeta. O dirigente diz que foi chamado de mentiroso por Cunha, que por sua vez, chamou Casares de "puxa-saco de Juvenal Juvêncio". A briga durou cerca de 14 minutos. Casares é um dos cotados da situação para candidatura à sucessão de Juvenal, e Cunha é um dos preferidos da oposição.

Durante o programa, que contava com a presença de Cunha, Casares entrou por telefone acusando o convidado de chamá-lo de mentiroso por conta de sua explicação sobre a confusão envolvendo sócios e membros de uma organizada, durante um churrasco na sede social do São Paulo, no Morumbi, no fim de julho. Na ocasião, sócios relataram que foram agredidos por membros da Independente porque faziam campanha pró Marco Aurélio Cunha. Casares nega que tenha havido agressão.

Por telefone, Casares confrontou Cunha, disse que o são-paulino pouco aparece no Conselho Deliberativo e ainda não fez nada, mesmo sendo vereador, para impedir que o Corinthians tivesse o caminho livre no âmbito público para a construção do estádio em Itaquera. Também criticou Cunha por não apoiar mais o presidente Juvenal Juvêncio, seu antigo aliado e empregador, já que Cunha era dirigente remunerado do Tricolor até janeiro de 2011.

- Eu não sou mentiroso e não admito que o senhor coloque isso para mim. O senhor era funcionário bem remunerado e estava lá pelas mãos de Juvenal Juvêncio. Juvenal é um visionário e está sendo ajudado por todos nós, funcionários voluntários, a melhorar o São Paulo. Ajude como voluntário, não como remunerado. Votei no senhor e quero ver projetos de lei. O senhor como vereador ficou submetido ao poder executivo e permitiu benesses ao estádio do Corinthians - disse Casares, bastante exaltado.
 Marco Aurélio Cunha tentou rebater as acusações. Primeiro disse para Casares procurar por seus projetos de lei no seu site, negou que tenha sido a favor do estádio do Corinthians e acusou o oponente de estar "encenando" por não deixar ninguém falar ao aumentar o volume da voz. Explicou ainda que trabalhava com a versão dos sócios sobre o episódio no Morumbi, disse que tem uma relação de carinho com Juvenal, mas que discordou do processo no futebol, tentou ajudar e se retirou quando viu que não conseguiria. E aproveitou para provocar Casares, que havia pedido respeito para com o atual presidente.

- Eu respeito o Juvenal mais do que o senhor porque eu não puxo o saco dele. O meu filho é neto dele, e temos uma relação de profundo respeito e carinho. Eu não falei que o senhor é mentiroso, mas que não deu a versão exata do que aconteceu no Morumbi. O conflito não partiu dos sócios, não foram eles que levaram 18 seguranças e permitiram discursos de organizadas no clube. E essa versão é importante. Diga para o sócio que eu sou mentiroso e que o senhor está falando a verdade.

Casares se despediu pedindo um encontro com Cunha na próxima reunião do Conselho Deliberativo. O convite foi aceito. A história ainda deve ter novos capítulos.

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