domingo, 19 de maio de 2013

Disposto a voltar, Marco Aurélio vê São Paulo parado: ‘Hora de mudar’

Com slogan 'De volta para o futuro', ele tentará presidência em 2014. Em seus planos, um profissional remunerado no futebol e abertura política.



‘Eu vou, mas volto’. Marco Aurélio Cunha tem em seu gabinete, na Câmara dos Vereadores de São Paulo, da qual é vice-presidente, um quadro com uma matéria de janeiro de 2011, quando deixou o São Paulo Futebol Clube com a promessa de retornar. Segundo ele, a reportagem está lá desde então. Uma bandeira de mesa do clube, livros de futebol, fotos de quando foi médico e superintendente do clube. As recordações são muitas, e Marco Aurélio decidiu que é hora de voltar. Como presidente.
Dirigente mais popular do Tricolor nos últimos tempos, o vereador anunciou na última semana que tem intenção de suceder Juvenal Juvêncio em abril de 2014. Para isso, precisa do apoio de 55 dos 160 conselheiros vitalícios. No total, são 240 integrantes no Conselho. Não é tarefa simples, mas Marco Aurélio se diz incomodado com a gestão do futebol do São Paulo. Os maus resultados e o apelo de torcedores o motivaram a lançar sua candidatura.
- Está na hora de rever o São Paulo. A criatividade se esgotou, as ideias se esgotaram, e os outros clubes estão chegando perto. Nosso produto está em esgotamento.
A campanha pela presidência já tem até slogan: “De volta para o futuro”. Inspirado no sucesso do cinema, ele quer voltar ao Morumbi, onde foi superintendente de futebol nas últimas gestões, de Marcelo Portugal Gouvêa e Juvenal Juvêncio, mas saiu no início de 2011. Marco não era favorável ao terceiro mandato do atual presidente, obtido por meio de manobra política na ocasião, e também não se sentia mais ouvido.
O possível candidato não citou o nome de Adalberto Baptista, mas deixou clara sua insatisfação com a atuação do diretor de futebol são-paulino. Também fez questão de ressaltar a admiração por Juvenal, mas não o poupou de críticas em relação ao período final de sua gestão, e citou o Corinthians, que adorava provocar, como exemplo.
Entre as propostas para o São Paulo, Marco Aurélio cita um profissional remunerado para cuidar do futebol, defende o direito de voto aos associados do clube – hoje apenas os conselheiros escolhem o presidente – e revela como montaria seu grupo de jogadores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário