Volante do Tricolor se diz irritado com indefinição, aguarda resposta do Arsenal e não descarta permanecer no Brasil para jogar por outro clube.
Denilson anda com um ponto de interrogação na cabeça. O volante adorado pelo técnico Ney Franco não sabe por qual clube jogará a partir de julho. Não sabe até em qual continente vai viver graças à indefinição do Arsenal, da Inglaterra, sobre o futuro. Apesar do desejo de continuar no São Paulo, o marcador acredita que, se for embora, será pela porta da frente.
– Fiz o que tinha de fazer. Eu me dediquei ao máximo. Depois de cinco ou seis anos, consegui um título aqui (Copa Sul-Americana de 2012). Se sair, vai ser de cabeça erguida. Lutei até o final e procurei ajudar o São Paulo – afirmou.
Durante a entrevista ao Jornal, no CT de Cotia, Denilson não conseguiu esconder o semblante de preocupação. O período de incertezas vem mexendo com o jogador, já escalado como titular para participar da estreia do Tricolor no Brasileirão, domingo, contra a Ponte Preta, no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas.
– É normal ficar pensando em várias coisas. Não sei se vou continuar no São Paulo, se depois volto para o Brasil, se retorno ao Arsenal, se jogo na Europa...Isso está me deixando irritado no sentido de querer saber qual vai ser o meu futuro. Não sei de nada, por enquanto. Estou na expectativa – disse.
O caso funciona assim: Denilson tem contrato até 30 de junho, mas uma cláusula permite a prorrogação imediata do vínculo por mais uma temporada caso o Arsenal tenha interesse. Os ingleses dificilmente o aproveitarão em seu elenco, porém, não querem liberá-lo de graça.
A pedido de Ney Franco, a diretoria do São Paulo tenta a permanência do meio-campista, emprestado por dois anos seguidos pelo time europeu. Os representantes do atleta estão na Europa para negociar e garantem que equipes brasileiras e do Velho Continente têm interesse em entrar na disputa.
– Minha vontade é de ficar no São Paulo, mas dependo do Arsenal. Pode ser até que eu jogue em outro time brasileiro. Sou profissional. Espero que as coisas se resolvam o mais rápido possível para eu ter a cabeça tranquila.
Revelado na base do São Paulo e negociado com o Arsenal em 2006, Denilson voltou Tricolor em 2011. Desde então, o meio-campista convive com bons e maus momentos. São-paulino declarado, ele não esconde que esperava conquistar mais títulos quando aceitou regressar da Europa, principalmente a Taça Libertadores.
– Estávamos próximos e não conseguimos. Já tínhamos perdido a semifinal do Paulista para o Corinthians. Eu tinha colocado na cabeça que queria a Libertadores, porque não sabia se iria embora ou não. Saí de campo (contro o Atlético-MG) com um gosto amargo que não desejo para ninguém – lembrou.
Com a paralisação do Brasileirão por causa da Copa das Confederações, Denilson pode fazer apenas mais cinco jogos pelo São Paulo caso não permaneça. Neste período, o Tricolor enfrentará, além da Ponte Preta, Vasco, Atlético-MG, Goiás e Grêmio.
– Vamos começar e ver o que acontece. Ainda quero ajudar o São Paulo – projetou.
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