Poucos jogadores se identificaram tanto com a camisa da seleção brasileira como o zagueiro Lúcio. Capitão desde a aposentadoria de Cafu com a amarelinha, o novo “xerife” são-paulino deixou a emoção aflorar e chorou ao marcar o gol do título da Copa das Confederações de 2009, na final contra os Estados Unidos. A taça erguida foi a única como capitão da seleção. De volta ao Brasil, Lúcio não esconde que a vontade de disputar a Copa do Mundo de 2014 teve grande peso ao aceitar a proposta tricolor.
A primeira convocação de Lúcio, inclusive, tem o Morumbi como cenário: em 2000, ainda no Internacional, ele estreou com a camisa da seleção no dia 15 de novembro, na vitória por 1 a 0 sobre a Colômbia, no estádio tricolor. Desde então, foram outras 104 partidas disputadas e quatro gols marcados. Um dos líderes no elenco, Lúcio foi titular absoluto na campanha do pentacampeonato mundial em 2002, com Luis Felipe Scolari no comando - com a braçadeira de capitão, permaneceu cinco anos (de 2006 a 2011).– Foi um prazer enorme ter feito parte da seleção brasileira, é sempre um orgulho para mim representar o Brasil. Qualquer jogador sonha em vestir aquela camisa. Meu desejo é o mesmo dos outros jogadores. Minha vontade, meu sonho, é o mesmo daquele 15 de novembro, aqui no Morumbi. Mas é dentro do campo, no dia a dia, jogando bem, que se mostra capacidade para voltar à seleção – declarou o zagueiro do São Paulo.
– Não escondo que tenho esse desejo, mas respeito a decisão do treinador. Agora o mundo está se voltando para o Brasil, com Copa das Confederações, Copa do Mundo, Olimpíada. Isso traz um crescimento grande para o futebol brasileiro. Não deixamos a desejar em nada em relação ao futebol europeu, isso traz um conforto. Nos sentimos mais orgulhosos e felizes – completou Lúcio, em sua apresentação oficial.
Como capitão, no entanto, o sonho de vencer a Copa do Mundo caiu por terra. Em 2010, na África do Sul, o Brasil decepcionou e foi eliminado nas quartas de final, contra a Holanda. Convocado constantemente até a Copa América do ano passado, o vexame da seleção eliminada nas quartas contra o Paraguai acelerou o processo de renovação feito por Mano Menezes, e Lúcio perdeu espaço. Apesar da identificação com Felipão, ele acredita que terá que mostrar em campo que merece voltar à seleção brasileira.
– Independentemente de treinador, reformulação, idade, a seleção vive de resultados. Infelizmente ela não tem conquistado títulos. Na seleção, a pressão é sempre grande. Sempre se busca resultados positivos, o objetivo dentro da seleção é sempre ganhar, estar no topo. Isso é o que realmente conta – afirmou.
– Não depende do treinador que esteja na seleção, cada um tem que mostrar sua competência, seu valor, para representar bem o Brasil. Com a nova comissão, o novo trabalho, não posso dizer o que eles pensam, só mostrar dentro do campo que tenho condições de voltar e ajudar. Isso é decisão do treinador, da comissão. O meu respeito, minha torcida, será sempre a mesma – disse o zagueiro.
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