Goleiro erra sua cobrança, mas vira herói na vitória sobre o Universitário nas penalidades
Ele é o ídolo da torcida. Mais. É um torcedor dentro de campo. Rogério Ceni por si só merece todos os elogios de qualquer são-paulino. Nesta terça-feira à noite, o camisa 1 escreveu mais um lindo capítulo em sua gloriosa história dentro do São Paulo, que já dura há quase 20 anos.Depois de empatar com o Universitário em 0 a 0, a decisão foi para os pênaltis. Rogério defendeu dois e Dagoberto marcou o gol da classificação tricolor, que venceu por 3 a 1. Emoção de todos no gramado. A torcida soube reconhecer e não parou de gritar o nome do goleiro. A se destacar a vibração do time nas penalidades máximas. Derrubou qualquer boato sobre a insatisfação de alguns jogadores. Marcelinho é um exemplo claro disso. Entrou aos 47 minutos do segundo tempo somente para bater o pênalti. Marcou e foi comemorar com a torcida.O futebol não foi o esperado pela torcida, mas no fim o São Paulo sai ainda mais fortalecido, depois desta dura batalha. A torcida deixou o Morumbi em festa e os jogadores comemorando muito. Valeu, Rogério Ceni. Tricolor segue rumo ao quarto título do torneio.
PRIMEIRA ETAPA SEM INSPIRAÇÃO
Durante a semana, o volante Hernanes já havia avisado que estava faltando inspiração aos jogadores durantes as partidas. E, pelo menos nos primeiros 45 minutos, o São Paulo não demonstrou um bom futebol diante do Universitário, do Peru.Com Fernandinho aberto pela esquerda, Marlos pela direita e Dagoberto no centro, a equipe errou muitos passes no ataque e pouco ofereceu perigo ao goleiro Llontop. Em um dos lances isolados do primeiro tempo, Rodrigo Souto acertou o travessão dos peruanos.
O empate levava a decisão para os pênaltis. Insatisfeitos, os torcedores são-paulinos esboçaram uma vaia no intervalo. "A equipe deles está com dez atrás. Conseguimos criar pelos lados. Vamos tentando desta maneira", disse Hernanes, ainda no intervalo da partida.No retorno, o técnico Ricardo Gomes ousou como já tinha alertado durante a semana. Precisando da vitória, o comandante são-paulino tirou o meia Jorge Wagner e colocou em campo Washington, deixando a equipe com três atacantes.
OFENSIVIDADE SEM GOLS
Com três atacantes - Dagoberto, Fernandinho e Washington -, o Tricolor Paulista foi com tudo para cima do Universitário. Washington, Dagoberto, Cicinho, Fernandinho... não teve um jogador que não tentou furar o bloqueio peruano, mas ninguém conseguiu.
No duelo das melhores defesas da Libertadores, não tinha ofensividade que fizesse com que uma das equipes sofresse um gol. Em uma bela jogada do ataque são-paulino, Hernanes lançou Dagoberto que cruzou na área para Marlos. O camisa 16, entretanto, acertou o travessão.
O São Paulo se arriscava ao ataque e fica exposto na defesa. Mas o time peruano, limitado tecnicamente, não ofereceu perigo algum ao goleiro Rogério Ceni, mesmo com os espaços deixados pelos jogadores são-paulinos.No fim da partida, pensando na disputa de pênaltis, Ricardo Gomes colocou Marcelinho no lugar de Fernandinho, que não esteve em uma noite feliz. O camisa 11 por pouco na marcou o gol da classificação. No último lance do jogo, ele soltou a bomba de fora da área e a bola passou muito perto.
ROGÉRIO ERRA, MAS É O HERÓI
Nas cobranças de pênaltis, Rogério abriu para o São Paulo e errou. Ele poderia ter virado o vilão, mas estamos falando de Rogério Ceni. O goleiro são-paulino defendeu duas cobranças e garantiu o Tricolor nas quartas-de-final da Libertadores. Dagoberto marcou o pênalti da classificação.
À ESPERA DO RIVAL
Com a classificação garantida para as quartas-de-final da Libertadores, o Tricolor Paulista agora espera a definição do seu adversário. Nesta quarta-feira, Cruzeiro e Nacional se enfrentarão no Uruguai. Na primeira partida, vitória mineira por 3 a 1.
Confira as cobranças de pênaltis:
São Paulo | Universitário |
Rogério - errou | Ramírez - marcou |
Hernanes - marcou | Alva - errou |
Marcelinho - marcou | Galván - errou |
Dagoberto - marcou | Labarthe - errou |